terça-feira, 5 de abril de 2011

Batalha contra o medo

Andei sumida, mas cá estou eu de volta.
Eu sinto medo todos os dias e nesses mesmos momentos me forço a dizer que não tenho medo.
Meu principal medo é o de perder. Perder minha família, as pessoas que mais amo, perder amigos, namorado, perder o emprego, em fim, perdas em geral.
Vejo o medo como um desafio e luto contra ele todos os dias. Mas, quando aquele sorrateiro pensamento me invade, paro, analiso e vejo como sou vulnerável a perdas.
Será que perdemos sozinhos ou uma série de fatores, sempre dos dois lados, contribuem para a perda?
Agora estou aqui, a três semanas de embarcar para uma das que será a maior experiência da minha vida, talvez a melhor oportunidade, e me invadiu um medo tremendo do que me espera lá do outro lado.
Vou deixar família (suporte), amigos (poucos), emprego, uma pessoa especial (que nem sei se sou especial para ela), tudo por uma ambição de ser mais do que sou. Para conquistar uma nova posição.
A balança começa a pesar, principalmente a do coração.
Quem nos dera se fosse possível saber o que nos aguarda no virar da esquina. Economizaríamos tantas decepções. Evitaríamos lágrimas derramadas. Desperdiçaríamos menos palavras ditas em vão.
Mas, a vida é isso: arriscar. Ali e a aqui tentar o novo. Virar a vela e navegar para outros lados. Colecionar amigos, amores, experiências nessa trajetória em que o fim é um mero desconhecido e surpreendente.
A vida é feita de escolhas e decidir não é fácil, nunca foi. Sempre há conseqüências, às vezes boas e outras nem tanto.
O jeito é não se acovardar diante das possibilidades e acreditar em um final feliz.
Sei que aqui ficarão pessoas especiais, deixarei parte dos meus sonhos armazenados para quando eu voltar. O que me consola é saber que sobreviverá à distância apenas quem realmente é especial, resistirão ao armazenamento, apenas os sonhos possíveis de realizar.
Em quatro meses sei que a mutação será grande, as pessoas não serão as mesmas, afinal basta um dia para isso ocorrer. Sei que eu não serei a mesma. Voltarei com pensamentos renovados, talvez mais madura e quem sabe, menos errante dos mesmos erros.
O frio na barriga se torna constante, as pernas ficam mais tremulas, e o medo mais próximo.
Coragem, essa é palavra que me fará embarcar para conhecer um mundo até então desconhecido por mim. Um mundo longe do alicerce chamado família. Um mundo novo que me guarda grandes surpresas: boas ou ruins.
Quando eu entrar naquele avião, deixarei parte da minha vida e espero preservá-la sem perder a essência. Não quero voltar a mesma, mas quero ser a mesma que muitos aprenderam a amar e admirar.
Agora me resta continuar esta batalha contra o medo. Aos poucos sei que conseguirei derrotá-lo e diminuí-lo a pó, pelo menos por um instante, pois as vitórias são constantes e sempre há desafios a serem enfrentados e o medo é apenas mais um.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Mensagem

Pensei em enviar essa mensagem para ele, o que acham?

"Vou entender este silêncio como um "me esquece". Na verdade, já entendi a muito tempo, mas conservei uma gotinha de esperança e agora ela secou. Mas, não posso forçar uma situação ou inventar um clima inexistente. Errei ao acreditar em você, mas pelo menos conheci uma pessoa especial. E fico ainda mais feliz, por você ter despertado a minha capacidade de gostar que estava adormecida há vários anos, além da de confiar. Foi bom para mim espero ter sido para você. Amigos?!"

Dói...

Não sei descrever o que sinto. Uma dor que bate junto com meu coração, ao mesmo tempo e intensidade.

Durante seis anos lutei para não sentir isso de novo, mas foi mais forte do que eu. Ainda continuo brigando contra essa ponta se sentimento que surge dentro de mim. Mas, é em vão.

Por um tempo me achei incapacitada de gostar como antes e desejei reascender a chama da paixão dentro de mim. Queria uma amor correspondido, uma abraço apertado, um sorriso amigo, palavras de carinho, olhares de comprometimento.

Queria uma amor inventado, fiel, leal, puro feito criança.

Não acredito que este sentimento que hoje sinto, seja de amor, porque amor vai além. Ninguém ama sozinho. Amor é para vida inteira, mesmo não estando ao lado dele durante toda a vida.

Amor é a primeira vista.

Mantenho essa doce ilusão.

A gente sofre por gostar, por estar apaixonado. A gente sofre por algo passageiro, momentâneo. Tudo passa, mesmo parecendo que não terá fim., mesmo tendo de lutar para não ligar, procurar, bater na porta e dizer "você é o que me falta, você me completa, me faz rir, feliz, dar cor a minha vida, razão de viver".

Seco as lágrimas do desprezo. Tristeza que me invade e parece não ter fim.

Fecho os olhos e o vejo. Me iludo de mentiras para arrumar uma desculpa suficientemente forte e ao mesmo tempo, realmente inútil para procurá-lo.

Sei que sou mais forte que isso e carrego no meu sobrenome a superação.

Nunca ouvi dizer que alguém morreu de paixão.

Vou lutar contra esse sentimento, essa tristeza, me fechar mais uma vez no mundo até aprender a não acreditar em belas palavras e declarações desleais.

Enquanto isso sei que sofrerei. São essas mesmas lágrimas derramadas o combustível que utilizarei para eu dar a volta por cima.

Sou mulher apesar deste coração de menina e amadurecer faz parte da vida.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Triste, triste..

Meu coração chora...

Desde que comecei a escrever neste blog, mais lamento que comemoro. Um futuro de oportunidades me aguarda e eu falando apenas de amores.

Daqui a dois meses vou embarcar em um voo direito para o exterior. Serão quatro meses de conhecimento e um item a mais para o meu currículo. Ao contrário de eu estar radiante de contentamento, estou temendo a partida.

Com tanto tempo para me apaixonar, os sintomas de princípio de paixonite aguda começaram a surgir apenas agora, em um momento nada propício. Estou perdendo o foco.

Hoje, por exemplo, B foi a razão dos meus pensamentos. Ao invés disso, poderia estar planejando a minha viagem, preparando, resolvendo os últimos detalhes.

Por que a vida é tão difícil?

Por que amar sem ser amada?

Apaixonar?

Sofrer?

Espero que amanhã seja diferente. Espero acordar focada no meu trabalho, no meu intercâmbio, de maneira a não sobrar tempo para pensar nele e nem em nenhuma possível ligação.

Que drogaaaaaaaaa!!!!

Recusei tantas vez em acreditar nas palavras dele e no fim me iludi. Caramba! Por que fingir interesse? Para levar para a cama?! Sexo para mim só com envolvimento. E, pensar que cai neste jogo sujo, nesta teia de mentiras.

Quero esquecer!!! Existe simpatia para isso? Comprimido? Qualquer coisa...

Não quero chorar, me humilhar, quero só ser correspondida, é pedir muito?

Afff...

Meu coração chora, meus olhos refletem um brilho apagado de tristeza.

Lutei por tanto tempo contra esse sentimento, foram anos esquecendo uma antiga paixão, para voltar na mesma intensidade.

Não quero errar...

Alguém conversa comigo, por favor... um comentário, um conselho, dica.... alguém me ajuda a vencer este jogo.

Vou parar por aqui, tentar dormir, virar para o canto e chorar o resto dessa dorzinha incomoda, para amanhã acordar pronta para focar na minha vida profissonal.

terça-feira, 8 de março de 2011

Desilusões...

Eh, com certeza este não foi o melhor carnaval.

Como disse ontem, acreditei na brincadeira de B, aquela de ficarmos sério. Dispensei caras lindos, esperando por ele. Após ter o encontrado durante o dia, eis que uso de um detalhe para me esnobar.


Ao chegar no Centro, ele me encontrou CONVERSANDO com cara - por sinal incrível - e simplesmente criou caso, sem se quer olhar nos meus olhos. Desprezo a distância.

Aproveitou a situação e beijou uma garota perto de mim, mesmo eu tendo pedido tantas vez para ele não fazer isso: ficar com alguma menina próximo ao meu olhar.

Quando vi, se abriu um buraco na minha frente e fiquei sem reação. Enquanto minha amigas tentavam me consolar pedi que não falassem uma sílaba sobre a situação. Fiquei a noite toda amuada, sendo gentilmente consolada pelo cara - o que ele havia me visto.

Tentei até correspondê-lo, mas os sentimentos eram maiores do que eu.

Para a noite passar, fiquei no local - às vezes dançando, não o procurei. Mas, quando cheguei em casa ligue para tirar satisfação, como se ele - nada meu - tivesse que se explicar. Por incrível que parece ele atendeu ao telefonema, com um tom de voz de "falei que devolveria" e sorrisos.

Agora estou mais confusa que antes. Uma mistura de sentimentos e entre ele o desencantamento, para ser mais sincera nojo.

A infantilidade me decepciona. A falta de confiança me consome. As qualidades dele já não sobrepõem mais qualquer defeito.

A minha vontade era de chorar, mas as lágrimas congelaram. A raiva tomou conta do meu coração, algo que eu não sentia há muitos anos.

Entretanto, sou maior que picuinhas de menino, mereço mais que um "qualquer dia a gente se encontra". Quero respeito, carinho, olhares devolvidos, abraços correspondidos. Quero um homem capaz de manter uma relação madura e sadia, que tenha como alicerce a confiança e antes, acima de tudo e sobre tudo, me respeite.

Desde a minha primeira e única paixão, nenhuma dor, enrolação, fora, foi tão dolorido como essa situação.

Agora tenho de utilizar da minha frase: se sofro com ele, sofro sem ele e me valorizo. Nos últimos quase seis anos ela tem me ajudado a contornar situações embaraçosas e virar jogos em que, inicialmente, estou perdendo.

Espero que esta história tenha terminado com um telefone de desabafo, mas confesso: ridículo.

Fé na vida e pedem aos anjos por mim.

domingo, 6 de março de 2011

...

... será que eu serei o dono desta festa?

Acho que isso ocorreu comigo. Me senti a rainha da festa e não passei de uma plebéia. Achei que sabia o que eu fazia e até agora não sei o que fiz.

Os sonhos nos dá aquilo que a realidade nos nega...

Dor...

Um coração em lágrimas. Essa frase descreve este segundo.

Mais uma vez, cometi o mais grave dos erros quando o assunto é amor. Deixei a emoção controlar meus sentimentos e neste momento faço o que há muito tempo não fazia: chorar e perder uma noite de sono.

Por um tempo, encontrava em mim a culpa pela falha do que poderia ser um relacionamento, mas aos poucos descubro que ele simplesmente se utilizava dessa argumentação para virar o jogo a seu favor.

Vou tentar resumir a história:

Vocês sabem que eu estava dividida entre dois "amores". Na sexta de Carnaval, fiquei com o que me mandou a mensagem, vamos chamá-lo de A. O do telefonema, B, viu. Mas, não foi impedimento para eu me divertir a noite inteira.

No dia seguinte, encontrei durante o dia, B, no centro. Conversamos sobre a noite anterior, os telefonemas não feitos e deixamos mais ou menos acerto que nos encontraríamos. Pelo menos, crie essa expectativa dentro de mim.

Por razões do coração e que a alma desconhece, optei em deixar A de lado e mergulhar fundo no que poderia acontecer entre eu e B.

Como à noite estava chovendo muito forte, decidimos (eu e minhas amigas) ficar em minha casa e tomar cerveja "pequena festa". Liguei para B ir até lá. Entretanto, ele fez, perdão pela expressão, "cú doce" e disse que pensaria. Depois de uma hora, voltei a ligar e por três vezes ele não aceitou minhas ligações. Liguei de um cel de um amigo e ele retornou. Disse que não estava atendendo aos meu telefonemas porque estava deitado.

Quase 01h, eu e minha amigas, decidimos ir no centro, mesmo com a chuva. Por um tempo recorde fique por lá e em questão de minutos fui embora. No meio do caminho surge uma pedra, tinha uma pedra do meio do caminho, deixando de lado a brincadeira, encontre B.

Disse que havia resolvido trocar as cobertas do telefonema pela chuva e ir até o centro.

Acho que mais por insistência minha do que vontade dele, B me levou embora.

Ficamos no meu quarto e por um triz nada de mais aconteceu. Quando digo triz, é triz mesmo.

Pelas conversas, achei que havíamos nos entendido. Que eu não ficaria com mais ninguém a não ser ele e vice-versa. Na verdade, conclui muito mais que isso, mas preferi não me iludir tanto.

Acordei com sentimento de comprometimento.

No domingo, durante o dia, aguardei mais uma vez o telefonema não dado. Cortei A para ficar com ele e confesso que não foi fácil.

Encontrei com B quase na hora de ir embora. Entre uma desculpa e outra, mais uma vez demos alguns beijinhos. Mas, ele me largou no meio do bloco com a alegação de que iria em casa tomar banho e voltaria.

Combinamos que se eu não estivesse em um determinado lugar ele me ligaria. Fui embora, voltei para o centro e não o vi mais.

Com isso, uma dúvida tornou-se certeza: estou gostando.

Gostando de mentiras, enrolações, ilusões. Gostando de viver um sentimento que está me fazendo mal.

Não demorei para voltar e trocar o sorriso da festa pelas lágrimas de tristeza e agora cá estou eu, desabafando com uma tela fria de um computador.

"Já não sei o que mais faço dessa vida já não sou mais eu"

Sinceramente, não sei a quanto tempo não vivia uma situação dessa. Não tenho certeza dos meus sentimentos, se é apenas um GOSTAR ou se é PAIXÃO.

Este não é o momento para me envolver, mas quando vejo já estou embaraçada.

Em breve viajarei e ficarei pelo menos quatro meses fora. Ele não sabe disso. Como manter à distância uma relação sem confiança? Como iniciá-la sem confiança.

Na verdade, no fundo, no fundo, acho que ele quer apenas o que a maioria dos homens querem: sexo. E, isso, para mim, é muito mais que atração, é sentimento.

Já nem sei mais o que estou escrevendo. Sei que estou lutando contra o teclado para buscar explicações.

Quero acreditar que o interesse dele é devolver na mesma moeda, ou seja, ele ficar com outra para me contrariar, ou que assim como eu, esteja fugindo de relações sérias, que ele não mente.

Quero por que quero não esperar telefonemas, não me encher de esperança, não gostar, resistir a ele. Quero de volta o controle da situação.

Agora me contem: lendo essas mal traçadas linhas o que vocês me diriam?

Sei que no fim, aconteceu o que minha mãe disse no começo "você vai chegar ao fim do carnaval sem nenhum dos dois". Os anjos ouviram e por bem acharam que isso seria o melhor para mim.

Como sempre, fiz a escolha errada ou estou me precipitando a um fim que ainda não ocorreu.

Sei que, neste momento, o sentimento é de dor e pior que o de traição é o sentimento de deslealdade por ele ter me feito acreditar numa possível relação que não saiu do plano da minha imaginação.

Bom, é isso pessoas.

Não me prolongarei mais...

...e por favor, me deixem uma resposta.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Ou quem sabe "..."

Oh quanto riso, ih quanta alegria...

"Tanto riso, oh quanta alegria

Mais de mil palhaços no salão
Arlequim está chorando pelo amor da Colombina
No meio da multidão"

O tempo passa e as horas para encontrá-lo diminui. Foi uma mensagem para me entusiasmar e encher meu coração de expectativas. Os dias fora passando e ela se esfriando. Resolvi me manifestar, me antecipei e mandei logo um "saudades". Os oito caracteres foram correspondido, mas o sorriso já não foi tão largo, os olhos não brilharam tanto e a certeza transformou-se em dúvida.

Ao longo do último mês, esperei pela data de amanhã. Vê-lo, abraça-lo e beijá-lo. Matar a carência e essa vontade que tenho dele. 

Entretanto, a razão começa a sobrepor a emoção e os por menores surgem. E "se" ele não quiser, e "se" estiver interessando em apenas se divertir, e "se" eu não significar nada e "se" e "se". E "se" eu estiver perdendo a oportunidade de amar diante de tantos "ses"?

Acho que o incômodo maior não está nos "ses", nas dúvidas e sim nesta turbulência de sentimentos.

O outro moço, responsável pelas ligações feitas em quase todas as noites, aos poucos ganha um peçadinho de mim, apesar de eu tentar esconder. Lá no fundo, acho que falta apenas confiança para eu me entregar. Para mim, o sentimento só pode evoluí quando se acredita fielmente no outro. 

Agora estou aqui, perdida com meus medos, inseguranças, dúvidas e muitos "ses". Aquela vontade de uma, duas semanas de cair na folia vai ficando para trás.

E, amanhã, como decidir entre um ou outro? Ou será que eles decidirão? 

Quero uma festa de sorrisos e alegrias e não de indecisões. Não quero passar a noite esperando um gesto de carinho.

Sempre escolho errado, mas nem por isso quero terminar escolhida. Quero mesmo encontro de olhares.


terça-feira, 1 de março de 2011

Complexidades da família...

Alguém, em algum lugar, um dia disse: a mãe sempre dar mais certo com o filho e o pai com a filha.

Todos os dias sou obrigada a concordar com isso. Eu e minha mãe nunca nos demos certo. A cada dia juntas aumenta a probabilidade de discussões e por mais que eu tente evitar conflitos é em vão.

Ela tem a necessidade de brigar e eu sempre sou o alvo e de repente eu me torno culpada por todas as falhas delas, descontentamentos, frustrações, como seu eu fosse a única no planeta.

Sempre passo por cima, mas espero, ansiosa, pelo dia que eu não suportarei mais e jogarei tudo pro alto. Mas, a razão e a emoção, neste momento, se unem e se tornam aliada contra as minhas vontades.

Hoje, foi mais um dia desses. Depois de um dia cansativo de trabalho, que se encerrou às 21h, ela veio brigar.

Razão: desconhecida.

Essa cena já era previsível, mas resolvi dá-la uma chance.

No início do ano, ela cismou de sair da minha cidade natal para trabalhar e morar no mesmo município que eu. Entendi e apoiei a iniciativa. Mas, resisti ao fato de ela querer morar comigo, afinal sabia que o dia sempre terminaria em discussão.

Mais uma vez cedi. Ela está passando uns dias em casa até arrumar um novo apartamento para morarmos. O meu irmão também vai mudar junto.

Mas, antes de mudarmos, a segunda briga infernal e a prova de que isso não dará certo nunca.

Agora tenho de arrumar um meio de fazer com que ela entenda isso e construa a vida dela enquanto eu traço o meu caminho, independente de mãe.

Acho, melhor, tenho certeza que a nossa relação seria mais saudável, pois não teríamos tempo para brigarmos. O fato de eu mudar de cidade contribuiu para uma melhor relação. Todas as vezes que fico mais de cinco dias na casa dela é motivo para brigas e brigas.

Sinto muito ser desta forma. Sempre termino chorando e chateada e acho que por isso mesmo devíamos evitar essas amolações.

Amo ela e por isso quero preservar o resto de respeito que ainda existe entre nós.

Até a minha viagem, resta aguardar o desfecho dessa história e as muitas discussões que deverão ocorrer.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Coisas do coração

Não sei se eu já comentei, mas estou dividida entre dois "amores".

Um eu já citei: é o do telefone.

Desde a mensagem enviada sexta-feira ele não deu mais nenhum sinal de vida. Já o outro carinha me liga praticamente todos os dias.

A minha preferência é pelo da mensagem e por isso estou evitando sair desde que ele foi embora. Assim, também evito um encontro com o dos telefonemas.

Não sei por qual devo arriscar...me coração fala para esperar até o carnaval, quando deverei encontrar com o da mensagem, mas outra outra parte fala para eu não perder tempo.

A verdade é que, a cada telefonema ele me conquista um pouco e quando ele não liga a minha vontade é de ligar para conversar com ele.

Esse final de semana terei a chance de vê-lo. Eu quero muito, mas a razão não deixa eu me decidir, sempre coloca um obstáculo.

Sempre espero um sinal e não ocorre.

Sei lá o que devo fazer... o que vocês acham? Me ajudem...

Tenho medo de ficar com ele, contarem para o outro e eu colocar tudo a perder.

Eita coração, precisava ser tão confuso?!

Espero obter alguma resposta... este mundo virtual é tão imenso. Será que ninguém vai me responder...

HELP< HELP>HELP...HELP!!!!

Emoções

If I cried or smiled the important thing is that I lived emotions


Jogar tudo para o alto...

Já comuniquei no meu emprego que terei de ficar alguns meses fora. Conversei com a minha chefe e ela disse que a vaga estará lá me aguardando para quando eu voltar.

Fico satisfeita com esta posição, mas ficaria mais feliz se fosse pelo reconhecimento do meu trabalho. E, não é o que sinto.

Em pleno século XXI, você ter de reclamar de salário atrasado, desvalorização de profissional, é lamentável. É triste chegar no dia do pagamento e saber que suas contas não serão quitadas.

Aos poucos aparecem os sintomas: telefone cortado, internet, o cara da prestação da geladeira ameaçando pegá-la de volta, a multa do aluguel e assim vai...

Enquanto isso, em alguma praia maravilhosa, os chefes comem e bebem seu dinheiro e dos seus colegas debaixo de um coqueiro.

LACK OF RESPECT!

Diante desta situação, a vontade é de, depois de chegar em casa às 22h do trabalho, "jogar tudo pro ar". No máximo esperar a data da saída e não voltar mais. Entretanto, no entanto, todavia, porém, contudo falta COURAGE.

Espero que estes meses afastada desta rotina minha de todos os dias me faça refletir e concluir que agora é a hora de eu arriscar a sorte neste mundão.

Enquanto aguardo pelo fim dos próximos dois meses vou vivendo essa vida trabalhista lamentável. E pensar que tem pessoas querendo o meu lugar.

FAITH IN LIFE!!!!!!

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Sonho...

Posso me iludir?

Vou sonhar com ele. Quem sabe mentalizando eu o conquiste e vice-versa?!

É o "Segredo".

Tudo pode acontecer...

Fé na Vida criatura!

Mistura de sentimentos...

"Dessa vez eu já vesti minha armadura


E mesmo que nada funcione

Eu estarei de pé, de queixo erguido"

Um emaranhado de sentimentos. Ansiedade, insegurança se misturam e formam uma mulher sensível, desprotegida. A vontade de se envolver e o medo de arriscar. Duas alternativas que me levam ao extremo de cada uma.

Quero viver este momento e arriscar a minha sorte (romance) mas, a razão fala mais alto e assim acalmo a euforia dentro de mim. 

A mensagem via celular, me causou aqueles sintomas típicos de uma possível paixão: frio na barriga, sorriso estampado no rosto, bom humor, saudade, vontade dele.

Mas, passado um tempo, tudo acaba e não sei se o quero tanto quanto nos momentos que me lembro intensamente.

Ele é o oposto de mim. Mas, o beijo me aquece, o abraço me deixa segura e o cafune me faz sentir amada.

Detalhes simples e que me fazem feliz.

Em alguns momentos o silêncio é maior. Falta assunto ou incompatibilidade de assunto. Quando isso acontece me lembro de uma frase que diz "casa-se com alguém que você goste de conversar, pois a maior parte da vida você passará conversando".

Talvez isso ocorra porque nos conhecemos pouco. Em alguns casos, o pouco é bastante para render papos longos e de gargalhadas. No nosso não. E, isso também não é regra.

Agora, só o verei no carnaval. Uma dada pouco propícia para o amor, ideal para paixões de cinco dias, temporárias, resumindo "amores de carnaval".

Apesar de tudo o que sinto, vou mergulhar nesta relação. 

Posso colecionar mais um não ou conquistar um sim.

Resta torcer para que eu não me torne um "Alerquim" chorando na multidão.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Telefone tocou...

Ontem quando voltava do trabalho respirei fundo e prometi para mim mesma que não iria mais esperar a bendita ligação. E, estava funcionando. Já havia me esquecido por mais de 12 horas, quando de repente, não mais que de repente, meu celular "bipa".

Sem expectativas, achei que era a Oi com aquelas mensagens "não identificamos o pagamento da sua fatura..." e não olhei na hora. Passado um tempo abri a mensagem e era ele. No texto dizeres falando que estava com SAUDADES e não via a hora de me ENCONTRAR. Me derreti toda...

Sei que pode não significar nada, que uma mensagem não é promessa, mas como disse: quero amar mais uma vez, quero me apaixonar.

Licença, posso me iludir? Posso fantasiar situações e ser feliz por um instante na minha imaginação?

Não quero saber onde isso vai acabar e nem como, quero saber apenas como vai começar...

Feliz!!!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Flores, flores...

Mundo, mundo, trabalho muito...

Desde que resolvi fazer de mim uma grande profissional e foquei no meu futuro, vivo praticamente para isso. Nos momentos vagos, me sinto só, e então, penso em querer amar de novo.

Vivendo com este olhar, os momento em que me sinto mais radiante é quando tenho a chance de desenvolver um grande trabalho.

Amanhã, por exemplo, será um dia desses. Desde então, crio expectativas e vejo a chance de novas oportunidades e a possibilidade de um novo emprego.

Quando me vejo nessa situação e paro para pensar, concluo que não estou preparada para uma relação.

Como me envolver com alguém, sabendo que ele estará em segundo plano em minha vida?!

Seria injusto da minha parte.

Nestes momentos tenho a certeza de que não abriria mão para o amor ou talvez eu só tenha essa certeza porque não tenho um amor para largar tudo e vivê-lo intensamente.

Mesmo assim, ainda acredito, que agarrar as oportunidades profissionais me completa muita mais, neste momento, que uma paixão desenfreada, que eu tanto busco.

Independente dessa prioridade chamada trabalho, ainda espero por aquela ligação, bendita ligação que não acontece.

Fé garota, fé...que o telefone toca.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Evolução

Vou evoluir a ponto de descobrir todas essas virtudes...

Quando você não está por perto...

Neste momento me sinto assim: vazia.
Como disse, meus sentimentos estão em conflito.


Essa música do Frejat combina com este momento.

"Quero descobrir o amor de novo"



Eu quero ficar nu diante dos seus olhos
Falar bem perto do seu ouvido
Decifrar tua alma e os gemidos
Temos tempo pra viver
Quero descobrir o amor de novo
Encontrar em alguém o que eu procuro
Livrar o amor do escuro
E destruir o muro
Que cerca meu coração
Vai ser bom pra mim


Ficar só‚ é tão ruim
Vai ser bom pra mim
Ficar só‚ é tão ruim
A vida me sorriu, permitiu você nascer


Estrela pra dar sorte
Por tudo o que a gente fez
É pura tua luz, teu rosto, teu olhar
Quando voce está longe
A mim só resta lembrar
Quando você não está por perto


Meu mundo é um deserto no fim

Buscando paixão...

Meus sentimentos estão sempre confusos.
A vontade de me apaixonar por alguém, é mais forte que saber se este alguém se apaixonaria por mim.
Fico aqui me fantasiando de momentos que podem não existir. Me iludindo por um amor que deva não existir.
Minha carência toma conta de mim e faz com que perca o controle da sensatez.
Quero beijos, abraços, carinho, tudo correspondido, mas não sei onde procurar, se não além de aqui dentro de mim.
Continuo aqui, com o telefone ao meu lado aguardando a ligação.
Acho que a ligação é mais importante por ter a sensação que sou importante do que a importância dele para mim.
Egoísmo?!
Estou em turbulência comigo mesma.
Nesta ansiedade vejo a saudade e a vontade de estar junto apontar, mas não a sinto desabrochar.
Continuarei aqui, com o telefone em mãos esperando este momento. Talvez com ele, eu descubra se esta expectativa é por gostar ou apenas por uma vontade boba de menina.

Nada além...

Você não quer ver nada além do seu umbigo 
E eu quero ver o que há depois do perigo 
Você acha que ninguém sofre mais do que você 
Talvez porque não saiba ao certo o que é sofrer 
Ando pelas ruas cheirando a fumaça dos motores 
Enquanto você fantasia suas dores de amores 

Você não quer ver nada além 
Que ninguém ensina nada a ninguém 
Você não quer ver nada além 
Que ninguém ensina nada a ninguém 

Você não quer ver nada além do seu mundinho 
E eu prefiro escrever meu próprio caminho 
Você acha que ninguém sofre mais do que você 
Talvez porque não saiba ao certo o que é sofrer 
Você sonha ser princesa em castelos fabulosos 
Enquanto eu vago na cidade entre inocentes e criminosos 

Você não quer ver nada além 
Que ninguém ensina nada a ninguém 
Você não quer ver nada além 
Que ninguém ensina nada a ninguém 

Fique com os seus bonsais, seus haicais 
Sua paz, suas flores, seu jardim de inverno 
Se isso é céu 
Eu prefiro meu inferno 

Porque você não quer ver nada além 
Que ninguém ensina nada a ninguém 
Você não quer ver nada além 
Que ninguém ensina nada a ninguém 


Frejat

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Paixão engessada...

Como pode ser gostar de alguém

E esse tal alguém não ser seu...

Todos os dias me pergunto quando me apaixonarei outra vez.

Quando está presta a acontecer a vejo ir embora de mansinho.

Quero sentir mais uma vez que a vida só tem razão porque existe ele, que com ele os dias são mais lindos. Quero ter uma razão para me arrumar linda, abrir mão de algo para agradá-lo.

Quero me apaixonar!

Sem ver isso acontecer me invade um medo de olhar para trás.

Tenho receio de que minhas palavras de cinco anos atrás, quando me apaixonei pela última vez, se confirmem: nunca te esquecerei.

Entra ano, sai ano e não consigo mergulhar em nenhuma relação.

Resistir em pegar o telefone e ligar virou comum para mim.

Prefiro sofrer sem me humilhar a me humilhar implorando amor e sofrer.

Mas, quero mudar. Quero não ter medo, quero me apaixonar, ter brilhos nos olhos e acreditar que posso amar.

Não quero imaginar que aquela paixão está apenas adormecida em mim, porque sei que não existem chances com o passado.

Quero aquele telefonema, exatamente ele para me mostrar que posso me apaixonar, mas desta vez quero paixão correspondida.

Devo me declarar e pedir que me faça apaixonar?

Sensibilidade na TPM



Todo mês tenho crise depressiva nas véspera da menstruação.
A minha sensibilidade triplica.

A vontade é de chorar e motivos não me faltam. 
Em cada gesto, palavra, lembrança encontro razão para deixar as lágrimas rolarem, mesmo que a insignificância seja maior.

Nesses dias me sinto péssima, é como se todos no trabalho estivesse com a cara virada para mim, mas na verdade eu é que estou para meus colegas e para mim. Nestes dias, até o atendimento na padaria que eu adoro se torna insuportável.

Ver fotos de casamento, que nunca fez parte dos meus planos se torna emocionante.

A verdade é que eu me torno irritante.

A minha sensação de solidão aumenta e lembrar que meu pai está a quilômetros de distância é um tormento.

Acho que parte dos meus sentimentos são verdadeiros. É quando eu desabo e vejo que não me acostumei com certas imposições que a vida me vez, por exemplo, a separação dos meus pais.

Tudo é motivo para chorar, zangar... o mundo fica gigante, as horas longas e o dia interminável, ainda mais que diante desta situação aguardo aquele bendito telefonema.

Ai a vontade é de chorar porque não soube conquistar o carinha, que talvez nem seja tão incrível.

Só sei que quando estou de TPM meu mundo fica de pernas para o ar. O sentimento que brota dentro em mim é o de insegurança.

O que consola é saber que vai passar em no máximo uma semana, o que me entristece é saber que viverei isso tudo no mês seguinte.

Algumas razões para chorar serão as mesmas, mas sei que até lá acumularei mais mágoas que chorarei apenas neste dia, porque nos outros me sinto uma pedra e chorar por tudo que me desagrada parece ridículo.

Enquanto isso vivo esse sentimento digno de mulher: sensibilidade.

Acredito que dentre os últimos dias, hoje é que me sinto mais mulher: capaz de chorar por aquilo que amo, pai, mãe, irmão e porque não pelo romance.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Falsidade...

Fico indignada com a capacidade das pessoas de serem dissimuladas.

Hoje tive uma péssima experiência no trabalho.

Imaginem vocês, que pedi a colega para incluir no e-mail dela um serviço meu para encaminhar para a mesma pessoa. Já que esta pessoa não poderia nos receber. Assim, ele faria tudo de uma vez.

Eis que depois de três dias, a colega aproveita o meu trabalho, finaliza e apresenta como se fosse dela, sem me comunicar.

A sorte é que nunca perdemos por ser honesto, íntegro. 

Como não sabia do que ela estava aprontando, finalizei o meu no mesmo dia (coincidência) e a chefia reprovou o dela.

Enquanto ela desenvolveu o trabalho dela baseado no meu material, eu utilizei este material para complementar algo bem maior.

Tudo que ela fez, se resumiu, vamos dizer, em um parágrafo do que eu havia feito.

O que me deixa triste é saber que não podemos confiar nem em que se senta do nosso lado.

No fim, evitei briga e deixei que a chefia se decidisse.

Costumo dizer que quero crescer pelo que tenho de melhor e não pelo que os outros tem de pior. Prefiro não julgar, porque tenho a tarefa de todos os dias julgar os meus próprios atos para saber se estão dentro dos meus princípios.

Procura...

A gente vive procurando o emprego dos sonhos, a roupa perfeita o grande amor da vida.

Vejo nele, com todas as imperfeições, exatamente o que falta em mim.

Sempre que me precipito em falar de paixão não a vejo acontecer. É como se criasse uma barreira automática.

Ainda não há sentimentos, além do gostar. Mas, me sinto tão bem neste jogo de criar expectativas. Pena que sou a única jogadora, a perdedora é sempre eu.

Fé na vida, ele vai ligar.

Homens e os telefones...

Me faço uma pergunta a tempos. Porque o cara que você mais se interessa sempre pega o número do seu celular, diz que vai ligar e o telefone nunca toca.?!

Isso aconteceu comigo recentemente. Há duas semanas passei meu número (coisa que nunca faço, porque sei que não vai ligar) e esperei por uma semana. Não ligou. Mas, encontrei com ele. Ok!

Tornou a falar que ligaria e desde então espero o telefone tocar.

Por causa disso corro o risco de engordar. A ansiedade é tão grande que enquanto olho para o aparelho fico me entupindo de calorias.

Acho que este é outro ponto que preciso amadurecer. Enquanto tento ser mulher resisto em arrumar um jeito de conseguir um contato dele para conversar.

Mulher sabe esperar, é dona do tempo, sabe quando agir.

Como ainda sou estagiária no requisito mulher, continuo aqui: esperando e comendo, sem deixar a fila parar, claro.

Espero pelo príncipe me divertido com o plebeu.

Toca telefone, toca...

Homens e os telefones...

Me faço uma pergunta a tempos. Porque o cara que você mais afim sempre pega o número do seu celular, diz que vai ligar e o telefone nunca toca..

Isso aconteceu comigo recentemente. Há duas semanas passei meu número (coisa que nunca faço, porque sei que não vai ligar) e esperei por uma semana. Não ligou. Mas, encontrei com ele. Ok!

Tornou a falar que ligaria e desde então espero o telefone tocar.

Por causa disso corro o risco de engordar. A ansiedade é tão grande que enquanto olho para o aparelho fico comendo.

Acho que este é outro ponto que preciso amadurecer. Enquanto tento ser mulher resisto em arrumar um jeito de conseguir um contato dele para conversar.

Mulher sabe esperar, é dona do tempo, sabe quando agir.

Como ainda sou estagiária no requisito mulher, continuo aqui: esperando e comendo, sem deixar a fila parar, claro.

Espero pelo príncipe me divertido com o plebeu.

Toca telefone, toca...

Canção das Mulheres

Acho incrível esse texto de Lya Luft...espero que goste.

Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais. 


Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta. 



Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor. 



Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso. 



Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes. 



Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais. 



Que o outro sinta quanto me dóia idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco - em lugar de voltar logo à sua vida. 



Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo ''Olha que estou tendo muita paciência com você!''



Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize. 



Que se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire. 



Que o outro não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso. 

Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa - uma mulher.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Presença amiga...

A partir de agora decidi morar sozinha.

Algumas situações me levaram a essa decisão, na verdade uma em particular.

A menina que dividia o apartamento comigo teve de mudar. Resolvi então levar uma vida independente. Pagar meu aluguel, luz, condomínio, supermercado. Tudo para não ter de passar mais uma vez pelo desgastante processo de adaptação e correr o risco de sair tudo errado.

Não que tenha dado errado da primeira vez. Ao contrário, fiz uma grande amizade.

Mas, acho que isso (querer morar sozinha) só me aproximará mais da solidão. Chegar do serviço e não ter ninguém para conversar, num dia cheio de novidades, às vezes boas, outras ruins, é deprimente. Querer chorar e não ter ninguém para abraçar.

Nestes momentos, é como se eu não fosse importante para ninguém e ligar para alguém é como se fosse atrapalhar. Irmão namorando, mãe cuidando da casa, pai trabalhando, amigos ocupados.

Estou aqui, na cidade que moro, a trabalho. Costumo dizer que quando você deixa a sua cidade natal para construir uma carreira é como se deixasse junto a capacidade de fazer amigos. No máximo que conquistamos são colegas. Experiência própria.

Daí o meu medo de dividir apartamento. Talvez eu não tenha a mesma sorte da primeira vez, quando encontrei  uma amiga ao invés de colega. Ao mesmo tempo acho que é egoísmo de achar que não preciso de ninguém.

Anotem, até no silêncio é importante ter apoio. Um olhar de consolo, uma presença que se faz sentir. Eu sou assim: não preciso de palavras, tenho fome de presença. Da presença de quem eu gosto.

A regra é construir uma vida independente, mas sem abandonar a capacidade de fazer novas amizades. Desta forma, morar sozinho não se torna um peso, por que onde estiver terá um amigo. Nem todos os dias é necessário voltar para casa, em alguns casos, o caminho após um dia tortuoso é até a casa do amigo. Para isso, existem as visitas.

Agora me resta acreditar nestas palavras.

Paciência

Acho que o mais difícil em querer ser mulher é ser mulher. A transformação começa aos poucos, mas como deixar de lado as comodidades de ser menina. Já não tenho mais 20 anos. Achava que nesta idade já seria uma mulher, mas me enganei: passei a ser adulta.

De repente me vi perdida na vida. Formatura, a busca pelo emprego perfeito. E, descobri que as coisas não são tão simples assim. Requer paciência.

Talvez paciência seja o primeiro ingrediente para se tornar mulher.

Mas onde ela se esconde? Onde?

Queria que fosse em cápsula.

É difícil não ter os pais por perto para passar a mão na cabeça e dizer: calma.

Naquela época eu sabia exatamente onde buscar a paciência. Hoje, longe do meu porto, me sinto desprotegida.

Essa é uma das tantas diferenças entre ser adulta e ser mulher. Adulta tem mais haver com idade e mulher com amadurecimento e paciência é assim... tem mais haver com amadurecimento do que com idade.

Seguindo esse caminho que adoro, apesar dos pesares, vejo que tenho muito de aprender. Mas, antes de tudo, sei que o meu principal desafio será ser paciente. Saber esperar sem acomodar. Saber ouvir e me fazer ser ouvida. Ver o mundo acabar sem perder a postura.

Se alguém tiver receita, please...

...deixem aqui para minha pessoa...